sábado, 4 de maio de 2013

Eu e o meu nariz






Quando era pequena, importava-me tanto com o meu nariz como com as minhas orelhas, olhos, boca ou dedos dos pés… queria era brincar, sonhar, correr… embora sempre tenha tido um sentido estético muito apurado, e já ficasse magoada por elogiarem tanto uma das minhas irmãs mais novas (muitas vezes á minha frente) e a mim não dizerem nada… Lembro-me de um dia, a minha mãe e umas amigas estarem a ver fotos reveladas de um baptizado. Detinham-se demoradamente nas da minha irmã discorrendo acerca da sua beleza e de “a quem é que ela tinha saído”, para passarem pelas minhas fotos indiferentemente como se fosse paisagem.
A primeira vez que começaram a fazer comentários ao meu nariz foi no sétimo ano. O meu nariz, para além de grande e com uma leve bossa, ficava vermelho com as variações de temperatura. Sofri de bulling. Lembro-me de uma série de miúdos atrás de mim a dizer “Penca! Penca!” Ainda hoje esta memória me magoa tanto como no dia.
Eu era inteligente, boa amiga, tinha sentido de humor e com o tempo foram me deixando em paz. Claro que de vez em quando, lá ouvia um comentário desagradável. Lembro-me de um dia no Secundário estar a passear com uma amiga toda giraça, passar por nós um grupo de homens e de ser outra vez insultada por causa do nariz. Fiquei mortificada, por ter sido à frente dela. A rapariga era toda sensível e boazinha, não tocou no assunto, mas durante uns dias até me afastei dela, me arrastando com um farrapo triste.
Já adulta descobri as maravilhas das bases. Nariz vermelho de rena polar pelo menos já não tinha, embora muitas vezes estivesse hiperconsciente do mesmo, como um marco geodésico no meio da cara. Alguma criança, na sua “maravilhosa” inocência, às vezes dizia algo (apetecia-me espancá-las… mas não o fiz, tá!!! (risos). Entretanto, para além do nariz e apesar do nariz, cresci, vivi, amei, fui muito amada e nem tudo girava em torno do mesmo. Conseguia ver a minha beleza para além dele. Quando consigo falar do mesmo (acreditem que custa-me muito) e falo do meu desejo de rinoplastia às pessoas mais próximas, dizem-me que não o devia fazer, “que não me estraga”, que é proporcional à minha cara, que me acham muito bonita…
Mas de tempos a tempos, sinto que enfrentaria a vida, o mundo, as pessoas mais de frente, após uma rinoplastia… Não queria estar no meu leito de morte a pensar que o deveria ter feito! E é isto.

Quem avisa...





Olá a todos.

Fico feliz por ter criado este cantinho onde podem ver que não estão sós e partilhar experiências que a todos podem beneficiar.

Como referi no post anterior, não posso publicar os vossos comentários quando identificam claramente os cirurgiões/instituições que consideram ter sido negligentes nas vossas rinoplastias, por mais que acredite que querem legitimamente ajudar avisando os outros. Recebi recentemente um comentário de um visitante citando um cirurgião e uma clínica que, aparentemente, fizeram um péssimo trabalho que agora terá que ser corrigido. Publico-o, com as devidas omissões, porque apesar de tudo, tem excelentes dicas e advertências que devem ser tidas em contas quando optamos por uma intervenção neste âmbito. 


Espero que este visitante esteja melhor, enviando-lhe daqui um abraço cheio de força, esperança e energia positiva.

Perguntem também como é que irá fazer a rinoplastia, peçam para que vos explique tudo inclusive o que pode advir de negativo de uma operação como estas, como por exemplo, nariz muito seco, perda do olfacto, fibroses excessivas devido à utilização de uma má técnica e qual a política que o médico tem para revisão, caso seja preciso fazer algum pequeno ajuste. 


"Eu fiz uma rinoplastia com o Dr....da .... e foi a pior coisa que podia ter feito! Não aconselho a ninguém este médico para rinoplastias. Fiquei com vários problemas, entre eles colapso do nariz e problemas respiratórios muito acentuados. Vou ter que ser submetido a outra cirurgia mas por outro médico.

Aconselho a pesquisarem bem antes de irem fazer o que quer que seja, vejam fotos de antes e depois que o médico tenha, perguntem quantas rinoplastias fazem por ano, quanto das operações que fazem é que é dedicado a fazer rinolpastias, pois muitos cirurgiões plásticos fazem mais mamoplastias que estas intervenções e logo não têm tanta experiência, 100 por ano é um número. 

Vejam as certificações do médico, por exemplo, os cirurgiões plásticos podem operar sobre todo o corpo, não só reconstruindo mas também alterando algo para que fique mais bonito (estética), mas ao longo do seu tempo de residência na especialidade, eles como trabalham sobre todas as partes do corpo não têm nenhuma em concreto em que sejam especializados. Já os cirurgiões otorrinos que façam depois uma fellowship em cirurgia plástica facial, são médicos que dedicam todo o seu treino à realização de operações tanto do nariz, como orelhas e garganta, portanto dedicam muito tempo de estudo só ao nariz, ao contrário dos cirurgiões plásticos. Eles percebem melhor o seu funcionamento e estão muito aptos para fazer estas cirurgias. Em Portugal há poucos, mas os que há procurem-nos, vejam os sites na net, vejam se são especialistas em rinoplastias. Vejam o percurso académico e em que hospitais fizeram a especialidade.

Não vão em cantigas se o médico vos diz que é fácil ou não de operar, é o vosso nariz e a vossa cara que está em jogo, queiram o melhor para vocês e pesquisem bastante antes de fazerem algo. Isto é um conselho de uma pessoa que está muito mal devido a ter sido operada ao nariz e ter ido na conversa do cirurgião! Passo assim este testemunho de vida para que seja útil a alguém para que não se venha a arrepender no futuro."